9 de setembro de 2013

A fera

Sinopse: Eu sou uma fera. Uma fera. Não exatamente um lobo ou um urso, um gorila ou um cão, mas uma terrível criatura que anda em duas patas — uma criatura com dentes e garras e pelos surgindo de cada poro de minha pele. Sou um monstro. Você acha que estou falando de contos de fada? De jeito nenhum. O lugar é Nova York. O momento é agora. Não sofro de uma deformidade ou uma doença. E vou ficar dessa forma para sempre — destruído —, a não ser que possa quebrar o feitiço. Sim, o feitiço, aquele que a bruxa da minha aula de inglês lançou sobre mim. Por que ela me transformou em uma besta que se esconde durante o dia e rasteja à noite? Vou lhe contar. Vou lhe contar como eu costumava ser Kyle Kingsbury, o cara que você gostaria de ser, com dinheiro, beleza e uma vida perfeita. E aí vou contar como me tornei… A fera.
Alex Flinn conseguiu recriar a história de “A Bela e a Fera” com toda a perfeição de um conto de fadas e com uma pitada de atualidade. Desde pequena, uma das minhas princesas prediletas era a Bela e, claro, toda a minha admiração aumentou ainda mais depois dessa leitura. A história acontece em nada mais, nada menos do que Nova York. Kyle tinha tudo o que queria: Dinheiro, beleza, era filho de um apresentador de TV, tinha os “melhores amigos” que alguém poderia querer ter. Mas não tinha nem um pouco de bondade ou humildade, beleza interior. A partir de então, Kendra (a bruxa) fará com que ele repense sobre o seu conceito de beleza e a grandeza do amor verdadeiro. É aí que Lindy entra no conto. Doce, inteligente, intelectual, causará muitas mudanças nas atitudes e na forma de pensar do protagonista.  
“Se eu não tivesse sido transformado, nunca saberia o que estava perdendo.
Agora, pelo menos, eu sabia. Ser uma fera para sempre, se fosse o caso, já era melhor do que qualquer coisa que eu havia sido antes. 
Tirei um par de tesouras do bolso, encontrei a mais perfeita das rosas brancas e a entreguei para ela. Eu queria lhe dar tudo, até a liberdade.
Eu amo você, pensei.
Mas não disse nada. Não que eu tivesse medo de que ela risse da minha cara, ela era boa demais para isso. Meu medo era maior: De que ela não dissesse que sentia o mesmo.”
(p. 236)
O livro é narrado em primeira pessoa e nos envolve de uma maneira encantadora, fazendo com que nós, leitores, tenhamos vontade de devorar por completo cada página. No decorrer da história, aquele menino arrogante e preconceituoso acaba desaparecendo e acabamos nos surpreendendo com o que ele se torna, com o modo que ele passa a enxergar o mundo.  A Fera já ganhou espaço nas telinhas e é interpretado por Alex Pettyfer e Vanesa Hudgens (clique para ter acesso ao trailer). Confesso que ambos (o livro e o filme) são maravilhosos. Os dois trabalhos encantam completamente o espectador e o leitor. O filme nos mostra a Kendra nem tão ativa, mas ao observar no livro, percebemos que ela esteve ao lado de Kyle o tempo todo e não o enfeitiçou pelo simples fato de vingança ou algo do tipo. Ela sabia no que Kyle estava se transformando e fez isso como uma forma de preocupação. Uma das coisas que achei super legal no livro foi a sala de bate-papo. Lá personagens de outros contos de fadas reuniam-se para falar de suas experiências, o que acabava sendo engraçado.
“Lindy veio até mim e tropeçou no bandido ferido.
– Adrian, você veio.
– Eu vim – concordei.
O mundo foi ficando enevoado, muito enevoado, enevoado e escuro, limpo e com o cheiro adocicado como o de uma rosa.
– Mas como você soube? – perguntou ela. – Como soube onde eu estava?
– Eu soube. – Minha barriga doía onde a bala havia entrado. – Eu soube por... – Mágica. Amor. Instinto animal. Como Jane soube sobre Rochester. – Eu simplesmente soube.”
(ps. 281 e 282)
Título: A fera
Título original: Beastly
Autor(a): Alex Flinn (site)
Editora: Galera Record
Ano: 2011
Páginas: 320
Nota: 

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